FOTOJORNALISMO NO NPr.
Fala galera!
Nos posts anteriores nós vimos um pouco sobre o nascimento do fotojornalismo no mundo e sua difusão. Hoje, iremos abordar todo esse contexto dentro do nosso saudoso “Notícias Populares”, qual sua importância e de que forma afetava na circulação do jornal perante seus leitores.
Durante seus anos de circulação, o NP enfrentou diversas fases que nomeavam o estilo do jornal. Houve ao longo dos anos do Np de violência, o NP de sexo, os anos de NP voltado para a economia do país, o NP de fofoca e tudo mais. Entretanto, o que sempre marcou o estilo do NP independente da fase e/ou década em que estavam, eram as fotos que estampavam as matérias e capas do jornal.
Capa do "Notícias Populares" de 1984. Destaque para a foto de Pelézão, famoso personagem do NP.
Desde o inicio do “Notícias Populares” em 1963 e por um longo tempo, as fotografias simbolizavam as manchetes principais, sem precisar de textos longos e formas para dizer o que queriam. Era através das imagens, que o jornal atraía seus leitores e conquistava seguidores fiéis.
A qualidade das fotografias era boa e ao mesmo tempo tinham a importância de manter o leitor interessado em comprar aquele exemplar do jornal. Por isso, desempenhavam o papel de principal carro-chefe do NP. Durante anos, as fotografias serviram como ligação direta entre o jornal e seu leitor, sendo que, para o segundo as fotografias de capas eram algo sagrados. As mulheres de maiô, os cadáveres e todos aqueles temas sensacionalistas que o NP tanto abordava, eram melhores retratados através das fotos.
Na década de 90, a linha de fotografia do NP ganha ainda mais importância, quando seu editor-chefe, Costa Netto, elabora para aquela área, um espaço de destaque, oferecendo pela primeira vez, após anos de existência do jornal, uma equipe especializada somente para a parte de fotografia. As imagens passam a ser muito mais elaboradas e a ganharem um tratamento mais detalhado antes de chegarem as páginas principais do “Notícias Populares”, o que não acontecia nas edições anteriores, quando as fotografias eram meras reproduções de arquivos de agências publicitárias e/ou feitas por profissionais com pouco conhecimento da área.
É a partir da iniciativa de Costa Netto, que o fotojornalismo do NP fica ainda mais evidente, quando de fato, as fotografias passam a ter uma linha narrativa muito maior de acordo com a notícia que retratam e deixam de ser apenas meras ilustrações para chamar o leitor.
Equipe RecPlay Produções.
As vendas subiam absurdamente em época de Carnaval, graças às ousadas fotos que estampavam as capas do jornal.
Fotos com mulheres semi-nuas sempre ganhavam espaço. Destaque também para imagens de criminosos.
A Saga "Bebê Diabo" rendeu inúmeras publicações, o destaque ficava por conta da criatividade nas imagens criadas pelo jornal.
As vendas subiam absurdamente em época de Carnaval, graças às ousadas fotos que estampavam as capas do jornal.